3º Ano -Manhã -Correção das Atividades das Semanas 2 e 3

CORREÇÃO DAS

ATIVIDADES DA SEMANA 2


PET 2 - LÍNGUA PORTUGUESA

3º ANO 8 (REG 3)
3º ANO 7 (REG 6)

PÁGINAS 4 e 5.


1 — Observe a tirinha abaixo e responda:





Sobre os aspectos que envolvem a variação linguística, é CORRETO afirmar que

a) por se tratar de uma variante informal, a fala de Chico Bento apresenta marcas da oralidade típicas do falar caipira.

b) a fala de Chico Bento não é objeto de preconceito linguístico por parte dos falantes provenientes da área urbana.

c) por se tratar de uma conversa com sua professora, a fala de Chico Bento não cumpre seu papel comunicativo.

d) a forma como Chico Bento se expressa, traz prejuízos à norma padrão da língua, por isso deve ser evitada.

COMENTÁRIO: Falar caipira é uma variante bastante conhecida no Brasil, representada pela forma como a personagem Chico Bento se expressa.


2 — Leia novamente a tirinha da atividade 1 e responda: Sugestões de respostas:

a) Como você caracterizaria o personagem Chico Bento do ponto de vista econômico?
Chico é um personagem de classe baixa.

b) E como o caracterizaria do ponto de vista regional/geográfico?
Ele é um personagem típico caipira, da fazenda ou roça, do interior. Ele vive com seus pais em um sítio nas cercanias da fictícia Vila Abobrinha, no interior de São Paulo. 

c) E do ponto de vista social?
Um garoto que não gosta muito de estudar, vai à escola, sabe argumentar bem, dar desculpas, muito esperto.

d) Por que você pôde responder às questões anteriores? Em que se embasou para isso?
Por conhecer o personagem, ou pelo seu jeito como falou com a professora, sua aparência.

e) Existe, então, alguma correlação entre identidade cultural e variação linguística?
Sim.

f) Agora, pense estritamente na linguagem utilizada pelo personagem. Você poderia somente por meio dela responder as questões 1, 2 e 3? Explique.
Olhando, ou ouvindo, apenas a linguagem, daria para responder como foi respondido, porém pode haver algum engano, pois existem pessoas com essa linguagem, mas que ou não moram no interior, ou não é de classe baixa, ou não é uma criança como o Chico. Depende.

g) E essa maneira de conversar é típica da zona urbana ou rural? Como chegou a essa conclusão?
Da zona rural, é a fala típica do caipira, do interior, pelas palavras como "pur" "arguma" "sinhora"

h) É tranquilo para as pessoas aceitarem a fala típica da zona urbana?
Depende. A fala típica da zona rural sofre mais preconceito. 


3 — Crie um pequeno texto respondendo as questões abaixo:



“Existe uma variedade melhor do que a outra?

Como devemos tratar as variedades linguísticas: enquanto formas diferentes de realização da língua ou como correto e não correto?”

RESPOSTA PESSOAL

Importante lembrar que:
"As variações linguísticas comprovam a organicidade da língua: ela não está encerrada nos dicionários ou gramáticas; está viva, na boca do povo, seus verdadeiros donos. Na língua falada não pode existir certo ou errado, o mais importante é que as pessoas se entendam, que a comunicação seja feita de maneira eficiente." 




*****


CORREÇÃO DAS

ATIVIDADES DA SEMANA 3


PET 2 - LÍNGUA PORTUGUESA

3º ANO 8 (REG 3)
3º ANO 7 (REG 6)

PÁGINAS 7 a 9.


1 — (ENEM 2016) Leia o trecho abaixo:

Esaú e Jacó Ora, aí está justamente a epígrafe do livro, se eu lhe quisesse pôr alguma, e não me ocorresse outra. Não é somente um meio de completar as pessoas da narração com as ideias que deixarem, mas ainda um par de lunetas para que o leitor do livro penetre o que for menos claro ou totalmente escuro. Por outro lado, há proveito em irem as pessoas da minha história colaborando nela, ajudando o autor, por uma lei de solidariedade, espécie de troca de serviços, entre o enxadrista e os seus trabalhos. Se aceitas a comparação, distinguirás o rei e a dama, o bispo e o cavalo, sem que o cavalo possa fazer de torre, nem a torre de peão. Há ainda a diferença da cor, branca e preta, mas esta não tira o poder da marcha de cada peça, e afinal umas e outras podem ganhar a partida, e assim vai o mundo.

ASSIS, M. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1964 (fragmento).


O fragmento do romance Esaú e Jacó mostra como o narrador concebe a leitura de um texto literário. Com base nesse trecho, tal leitura deve levar em conta:

a) o leitor como peça fundamental na construção dos sentidos.
b) a luneta como objeto que permite ler melhor.
c) o autor como único criador de significados.
d) o caráter de entretenimento da literatura.
e) a solidariedade de outros autores.

COMENTÁRIO:O narrador machadiano dialoga constantemente com o leitor, fazendo com que esse também participe da construção de sentidos apresentados no texto. Tal fato pode ser evidenciado no trecho “Se aceitas a comparação, distinguirá o rei e a dama, o bispo e o cavalo (…)”, conduzindo as ideias e considerações do narrador ao leitor.  


2 — (ENEM 2014) Leia o fragmento abaixo:

Nunca tinha ido ao teatro, e mais de uma vez, ouvindo dizer ao Meneses que ia ao teatro, pedi- lhe que me levasse consigo. Nessas ocasiões, a sogra fazia uma careta, e as escravas riam à socapa; ele não respondia, vestia-se, saía e só tornava na manhã seguinte. Mais tarde é que eu soube que o teatro era um eufemismo em ação. Meneses trazia amores com uma senhora, separada do marido, e dormia fora de casa uma vez por semana. Conceição padecera, a princípio, com a existência da comborça; mas, afinal, resignara-se, acostumara-se, e acabou achando que era muito direito.

ASSIS, M. et al. Missa do galo: variações sobre o mesmo tema. São Paulo: Summus, 1977 (fragmento).


No fragmento desse conto de Machado de Assis, “ir ao teatro” significa “ir encontrar-se com a
amante”. O uso do eufemismo como estratégia argumentativa significa:


a) exagerar quanto ao desejo em “ir ao teatro”.
b) personificar a prontidão em “ir ao teatro”.
c) esclarecer o valor denotativo de “ir ao teatro”.
d) reforçar compromisso com o casamento.
e) suavizar uma transgressão matrimonial.

3 — (ENEM 2012)
“Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desafetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Iracema, tido como o pai do romance no Brasil.
Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada.

História Viva, nº 99, 2011.


Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que

a) A digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances.
b) O conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal.
c) A divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial.
d) A digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional.
e) O grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista.

COMENTÁRIO: A digitalização das obras de José de Alencar contribuem para a preservação da memória linguística e da identidade nacional, uma vez que suas obras refletiam os anseios, os costumes e a história de parte significativa do século XIX.

4 — (ENEM 2014)



O poema “A pátria” harmoniza-se com um projeto ideológico em construção na Primeira República. O discurso poético de Olavo Bilac ecoa esse projeto, na medida em que:

a) a paisagem natural ganha contornos surreais, como o projeto brasileiro de grandeza.
b) a prosperidade individual, como a exuberância da terra, independe de políticas de governo.
c) os valores afetivos atribuídos à família devem ser aplicados também aos ícones nacionais.
d) a capacidade produtiva da terra garante ao país a riqueza que se verifica naquele momento.
e) a valorização do trabalhador passa a integrar o conceito de bem-estar social experimentado.


COMENTÁRIO: A riqueza de nossa fauna e flora e a prosperidade do indivíduo, por meio do trabalho com a terra, independem de medidas governamentais, visto que no Brasil prevalece a “eterna primavera”.


5 - colocar como questão 5, (ENEM 2010)

Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados. Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças. Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma — “dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral”, dizia o reverendo. Ótima, a dona Inácia. Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva. [...] A excelente dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos — e daquelas ferozes, amigas de ouvir cantar o bolo e estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao regime novo — essa indecência
de negro igual.

LOBATO, M. Negrinha. In: MORICONE, I.
Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2000 (fragmento).

A narrativa focaliza um momento histórico-social de valores contraditórios. Essa contradição infere-se, no contexto, pela:

a) falta de aproximação entre a menina e a senhora, preocupada com as amigas.
b) receptividade da senhora para com os padres, mas deselegante para com as beatas.
c) ironia do padre a respeito da senhora, que era perversa com as crianças.
d) resistência da senhora em aceitar a liberdade dos negros, evidenciada no final do texto.
e) rejeição aos criados por parte da senhora, que preferia tratá-los com castigos.



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