1º 14 - Correção das atividades da Semana 2 - GABARITO

CORREÇÃO DAS
ATIVIDADES DA SEMANA 2



PET 2 - LÍNGUA PORTUGUESA

1º ANO 14 (REG 7)


PÁGINAS 5 A 7.


1 — Leia a explicação abaixo:

A LÍNGUA COMO FENÔMENO SOCIAL DE INTERAÇÃO VERBAL

Na concepção de linguagem de Bakhtin, a língua é vista com um fenômeno social, histórico e ideológico, no qual “a palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial”. (1991: 95). Para ele, a verdadeira essência da linguagem é a interação verbal, realizada pela enunciação. Aprender a falar significa aprender a construir enunciações. A língua, em seu uso prático, está vinculada ao seu conteúdo ideológico, sendo assim, seus signos são variáveis e flexíveis, apresentando um caráter mutável, histórico e polissêmico. 

Qual o motivo do autor do texto ter utilizado a variante linguística própria daquele grupo social?”

RESPOSTA: O autor utiliza uma variedade linguística própria para um grupo de pessoas da área acadêmica e científica, e como ele mesmo diz no texto, a língua é um fenômeno social. Assim, o motivo dele ter usado essa variedade mais formal é pelo fato de ser uma mensagem, uma interação verbal, direcionada para pessoas dessa área a fim de que seus leitores compreendam e se situem dentro desse grupo social. 


2 — Leia o texto abaixo:

A PRAIA DE FRENTE PRA CASA DA VÓ

          Eu queria surfar. Então vamo nessa: a praia ideal que eu idealizo no caso particularizado de minha pessoa, em primeiramente, seria de frente para a casa da vó, com vista para o meu quarto. Ia ter umas plantaçãozinha de água de coco e, invés de chão de areia, eu botava uns gramadão presidente. Assim, o Zé, eu e os cara não fica grudando quando vai dar os rolé de Corcel! 
        (...) Então, vamo nessa: na praia dos sonhos que eu falei “É o sooonho!”, teria menas água salgada! (Menas porque água é feminina) Eu ia consegui ficar em pé na minha triquilha tigrada, sair do back side, subir no lip, trabalhar a espuma, iiiiihhhhaaaaaaaaa! (...) 

Fonte: Peterson Foca. Personagem “cult” de Sobrinhos do Ataíde, programa veiculado pela Rádio 89,1 FM de São Paulo.



No trecho “Eu ia consegui ficar em pé na minha triquilha tigrada, sair do back side, subir no lip,
trabalhar a espuma, iiiiihhhhaaaaaaaaa! (...), as expressões destacadas são gírias próprias de que
grupo social?

Instrução: Para responder à atividade 2, deve pesquisar o que significam as gírias grifadas:

ü  Triquilha tigrada; >> se referindo à prancha de surf dele.

ü  Back side;>>Quando o surfista desce a onda de costas para a parede. Ou seja, sendo regular, é quando ele pega uma onda para a esquerda. Sendo goofy, é quando ele pega a onda para a direita. Geralmente é mais difícil do que o frontside;

ü  Lip;>>A crista é a parte mais alta que cai quando a onda se rompe. Quanto mais espessa ela for, mais forte será a onda;

ü  Espuma; >> A ponta, margem da onde depois que ela se forma.


RESPOSTA: Um adolescente falando sobre surf, variante própria do grupo de sufistas.



3 — Leia o texto e peça o que se pede.    (“Leia o texto e (peça) faça o que se pede.”)  

Na letra da canção apresentada, o compositor Lobão explora vários recursos da língua portuguesa, a fim de conseguir efeitos estéticos ou de sentido. Nessa letra, o autor explora o extrato sonoro do idioma e o uso de termos coloquiais na seguinte passagem:

Instrução: Se possível, escute a música apresentada na questão 3: “Para o Mano Caetano” – Lobão




a) “Quando um doce bardo brada a toda brida” (v. 2)
b) “Em velas pandas, suas esquisitas rimas?” (v. 3)
c) “Que devora a voz do morto” (v. 9)
d) “lobo-bolo/Tipo pra rimar com ouro de tolo? (v. 11-12)
e) “Tease me, tease me outra vez” (v. 14)

Instrução: Ainda na questão 3, para respondê-la, pesquise o que são “termos coloquiais”.

RESPOSTA: A alternativa D apresenta o verso que explora o som do idioma por meio da aliteração em /b/ e /l/ e da assonância em /o/ no trecho “lobo-bolo” e “ouro de tolo”. Apesar de outras alternativas (como A e B) também explorarem o extrato sonoro do idioma, elas não fazem uso da linguagem coloquial, que, por sua vez, é presente apenas no verso da opção D, na expressão “tipo pra rimar”. Aqui, temos a contração da preposição para e o uso da expressão popular tipo, que exemplifica. 

4 — Compare os textos I e II a seguir, que tratam de aspectos ligados a variedades da língua portuguesa
no mundo e no Brasil.




Os textos abordam o contato da língua portuguesa com outras línguas e processos de variação e de mudança decorridos desse contato. Da comparação entre os textos, conclui-se que a posição de João de Barros (Texto II), em relação aos usos sociais da linguagem, revela:

a) Atitude crítica do autor quanto à gramática que as nações a serviço de Portugal possuíam e, ao mesmo tempo, de benevolência quanto ao conhecimento que os povos tinham de suas línguas.

b) Atitude preconceituosa relativa a vícios culturais das nações sob domínio português, dado o interesse dos falantes dessas línguas em copiar a língua do império, o que implicou a falência do idioma falado em Portugal.

c) O desejo de conservar, em Portugal, as estruturas da variante padrão da língua grega — em oposição às consideradas bárbaras —, em vista da necessidade de preservação do padrão de correção dessa língua à época.

d) Adesão à concepção de língua como entidade homogênea e invariável, e negação da ideia de que a língua portuguesa pertence a outros povos.

e) Atitude crítica, que se estende à própria língua portuguesa, por se tratar de sistema que não disporia de elementos necessários para a plena inserção sociocultural de falantes não nativos do português.

JUSTIFIQUE A OPÇÃO ESCOLHIDA.

RESPOSTA: A letra D, pois a posição de João de Barros em relação aos usos sociais da língua portuguesa é antiquada e preconceituosa, ao dizer que “África, Guiné, Ásia, Brasil barbarizam” quando querem imitar o modo de falar e escrever dos portugueses. Assim, o autor demonstra uma concepção de língua como homogênea e invariável, como afirma a opção D (como se ela estivesse imune às variações regionais, históricas e sociais), além de negar aos outros povos lusófonos o sentimento de que a língua também lhes pertence.






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