3º EJA - SEMANA 1 - Correção das atividades PET 3


 PET 3 - LÍNGUA PORTUGUESA
CORREÇÃO
DAS
ATIVIDADES 
SEMANA 1



FAÇA A CORREÇÃO DAS SUAS ATIVIDADES!!😎😍👍

NÃO DEIXE NADA SEM CORRIGIR OU EM BRANCO!👀

3ºEJA


PÁGINAS 2 A 4


"O quereres", composição de Caetano Veloso, pode ser um gênero discursivo bem interessante para que possamos falar de modernidade e poesia.

 

APRECIE ESTA CANÇÃO ENQUANTO ACOMPANHA A LETRA:





1 — Caetano Veloso utiliza na letra de música uma figura de linguagem chamada ANTÍTESE. Segundo Fiorin (2014) “ trata-se de uma figura denominada antítese (do grego anti, “em face de”, “em oposição” a”, e tésis, “proposição”, “afirmação”, “tese”), em que se alarga o sentido, salientando a oposição entre dois segmentos linguísticos (palavras, sintagmas, orações ou unidades maiores do que o período), para dar maior intensidade ao dizer.” (FIORIN, 2014, p. 151). FIORIN, José Luiz. Figuras de retórica. São Paulo: Contexto, 2014. 

Aponte no texto exemplos dessa figura de linguagem.

Dinheiro x paixão
Anjo x mulher
mistério x luz
Leblon x Pernambuco
Pura natura x inseticídi

2 — O autor da LETRA DE MÚSICA presume que o interlocutor (possível leitor) contribua, atribuindo sentidos nos “vazios do texto”. Segundo ECO (1986, p.7) o leitor deve “tirar do texto o que o texto não diz, mas pressupõe, promete, implica ou implícita, a preencher espaços vazios, a ligar o que existe nesse texto com o resto da intertextualidade, de onde ele nasce e onde irá se fundir”. Que sentidos estão escondidos nessa canção de Caetano Veloso?

Dependerá da interpretação que o leitor irá fazer do tema da música: percebe-se que tudo que o eu-lírico quer, a pessoa amada quer diferente. Mas mesmo assim essas duas pessoas estão apaixonadas. Como diz que os opostos se atraem. 


— Vamos ler agora o que Ortiz Camargo afirma sobre a leitura: “É mais uma experiência constitutiva da subjetividade, em seu esforço de apropriação da coisa poética”, pois “a memória do lido é um dos elementos a ser considerado como matéria de criação” (2008, p.99). ORTIZ CAMARGO, Goiandira de F. Subjetividade e experiência de leitura na poesia lírica brasileira contemporânea. In: PEDROSA, Célia; ALVES, Ida (org.) Subjetividades em Devir: Estudos de poesia moderna e contemporânea. Rio de Janeiro: 7letras, 2008.


Comente esses versos à luz de Ortiz Camargo: 

Onde queres comício, flipper vídeo, e onde queres romance, rock’n roll 
Onde queres a lua eu sou o sol, onde a pura natura, o inceticídeo* 
E onde queres mistério eu sou a luz, onde queres um canto, o mundo inteiro 
Onde queres quaresma, fevereiro, e onde queres coqueiro eu sou obus*.

Ortiz fala que a matéria prima da poesia é a "memória do lido", ou seja, as coisas que a pessoa já leu, ouviu, viveu, viu. Na letra da música, o autor se lembra de coisas que ele considera opostas umas às outras para representar as diferenças de pensamentos entre o eu-lírico e a pessoa amada. Exemplo: se ele pensa na harmonia entre homem e natureza, ele lembra de algo contrário como "matar insetos" (inseticídio). 


4 — É possível afirmar que a forma do poema de Caetano Veloso traz algumas semelhanças ao adotado por Camões em Os Lusíadas, isto é, seis oitavas (6 estrofes de oito versos) em decassílabo (10 sílabas poéticas), cuja tônica cai na sexta sílaba, mais um refrão em redondilha maior ou heptassílabo (sete sílabas poéticas), composto de um dístico que intervém a casa duas oitavas. Nessa medida, Caetano Veloso, poeta contemporâneo do Brasil estabelece um diálogo com Camões, poeta português do período renascentista na fase do classicismo.




Quais são os aspectos da poesia de Camões que podem ser percebidas na letra de música de Caetano Veloso, sabedores de que essa fase da literatura portuguesa na qual a poesia não encontra harmonia entre a vida ideal marcada pela busca do amor e a realidade concreta, onde pode predominar o desajuste entre o que se deseja e o que se consegue? 

Tanto a poesia de Camões, quanto a poesia de Caetano utilizam a representação de ideias opostas para falar com argumentação de que o amor é sim uma coisa contraditória, difícil de lidar, complicada, pois sempre aproxima elementos muito diferentes, pessoas diferentes. O lógico seria evitar o amor, porque ele é uma cilada (Caetano) e uma dor (Camões), mas mesmo sabendo dessa complicação toda, a pessoa continua fazendo o que o amor manda.




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