3º EJA - Correção PET Complementar Semana 1 - GABARITO
INTRODUÇÃO: Assista ao vídeo da professora Mercedes, do canal Curso Enem Gratuito, um resumo simples e rápido para você aprender a interpretar textos não-verbais. São as Tirinhas, as Charges, Fotografias e outros padrões de imagens:
Muito boa estas dicas da Mercedes!
Você sabe realmente LER histórias em quadrinhos?
Para ajudar a ver as particularidades deste gênero, seja ela em revistas ou em tirinhas, convidamos o professor Alexandre Linck, doutor em Literatura, que desenvolve um amplo trabalho acadêmico pesquisando as histórias em quadrinhos.
A seguir, algumas dicas do professor que podem ser úteis, seja para o Enem e para o Encceja, seja para curtir ainda mais a arte das HQs, e fazer a interpretação de texto:
Sequencialidade e Simultaneidade
Uma das características mais marcantes das HQs é a concomitância de sequencialidade e simultaneidade. Ou seja, nas histórias em quadrinhos há uma sequência de acontecimentos pelo qual devemos passar quadro a quadro (como no cinema, por exemplo), porém de modo a exibir simultaneamente todas essas etapas (esses quadros) ao mesmo tempo em uma mesma página.
Afinal, por mais que nos concentremos em um determinado quadro no momento da leitura, nossa visão periférica já mais ou menos apreendeu todos os outros. Esse recurso estético é fundamental para a poética dos quadrinhos.
Vejam um exemplo:
Notem que nessa tira de Laerte (abaixo), usada pelo Enem na edição de 2012. Grande parte da comicidade dessa HQ passa pela repetição. Isto é, os três primeiros quadros da tira são semelhantes: o enquadramento é o mesmo, o gestual da Branca de Neve também.
A única mudança que se aplica a todos é quem está oferecendo a maçã (respectivamente, uma bruxa, uma cobra e um vendedor).
O terceiro quadro também traz uma novidade: não é mais a Branca de Neve que escutamos, mas o vendedor. Isso será o ponto de virada da história para no quarto quadro a piada acontecer.
Contudo, notem, foi preciso justamente estabelecer nos primeiros quadros uma sequencialidade e uma simultaneidade de semelhanças para a piada funcionar a partir de uma diferença no quadro final.
Portanto, a composição dos quadros propicia uma temporalidade. Algo que os quadrinhos trabalham a partir de uma narratividade, seja ela a da história, seja ela simplesmente a dos traços. Viu como dá para aprender a fazer Interpretação de Textos de tirinhas?
Por hoje é só! Abraços.
AULAS 2 e 3 – 11/09/2020
HOJE: as diferenças entre Charge e Tirinhas
Confira um resumo simples e rápido com a professora Mercedes!
Viu só? O assunto é simples, mas agora é hora de ver na prática, resolva as 5 questões sobre o tema da aula:
ATIVIDADES
ATIVIDADE 1:
Identifique e explique a crítica feita pela charge:
A charge critica o aumento significativo dos preços dos produtos e das contas a serem pagas, em decorrência da crise econômica vivenciada no país. A charge se remete a um fato ocorrido na Síria em que uma criança, que vive em um ambiente de incessante guerra civil, confunde uma máquina fotográfica com uma arma. A situação foi transportada para o Brasil, onde as pessoas, de forma metafórica, são assaltadas quando se deparam com os elevados preços.
ATIVIDADE 2: Leia estas assertivas acerca das características assumidas pelo gênero charge:
I. São necessários conhecimentos prévios para a construção do sentido textual.
II. A linguagem verbal e não-verbal integram o texto.
III. O humor é um recurso utilizado na composição da crítica.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) I e III
d) I, II e III.
Leia a charge:
ATIVIDADE 3:
A finalidade dessa charge é:
Criticar o aumento expressivo do preço do feijão. Nota-se que o dito popular “colocar água no feijão”, utilizado no cotidiano com valor figurativo, assume um significado real para os dias atuais.
ATIVIDADE 4:
No trecho “Querida, põe mais água no feijão [...]”, a vírgula foi utilizada para:
Isolar o
vocativo (chamamento) = querida
ATIVIDADE 5: “Querida, põe mais água no feijão, pois hoje teremos visita pro almoço!”.
a) Identifique, no trecho acima, as palavras que foram empregadas na linguagem informal.
O verbo, com
função imperativa, “põe”; e “pro” (junção da prep. “para” com o artigo
“o”).
b) Justifique os traços da informalidade no contexto da charge:
A fala
informal, marcada, por exemplo, pela redução vocabular, se faz presente em
ambientes mais familiares, onde não há a preocupação com a correção gramatical.
c) Reescreva a fala em consonância com a norma culta:
“Querida, ponha mais água no feijão, pois hoje teremos visita para o almoço!”.
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